quinta-feira, 20 de março de 2008


Textos produzidos a partir do exercício da Aula 1 de Produção de Textos de 2008

Exercício:


Zé Pretinho:
— Eu vou mudar de toada,
Pra uma que mete medo
— Nunca encontrei cantador
Que desmanchasse este enredo:
É um dedo, é um dado, é um dia,
É um dia, é um dado, é um dedo!

Cego Aderaldo:
— Zé Preto, esse teu enredo
Te serve de zombaria!
Tu hoje cegas de raiva
E o Diabo será teu guia
— É um dia, é um dedo, é um dado,
É um dado, é um dedo, é um dia!

Zé Pretinho:
— Cego, respondeste bem,
Como quem fosse estudado!
Eu também, da minha parte,
Canto versos aprumado
— É um dado, é um dia, é um dedo,
É um dedo, é um dia, é um dado!

Cego Aderaldo:
— Vamos lá, seu Zé Pretinho,
Porque eu já perdi o medo:
Sou bravo como um leão,
Sou forte como um penedo
É um dedo, é um dado, é um dia,
É um dia, é um dado, é um dedo!

Se imagine na pele de Zé Pretinho: escreva mais uma estrofe para responder ao desafio do Cego Aderaldo.


Aderaldo, que valentia!
Sendo assim quase acredito
Que tu não vai desistir
E vai até fazer bonito.
É um dedo, é um dia, é um dado,
É um dado, é um dia, é um dedo!
(Bruna L. Garcia)

Cantaste muito bem
Estes teus versos pra alguém
Mas como sou cantador profissional
Vou te mostrar o tradicional.
- É um dia, é um dedo, é um dado
é um dado, é um dedo, é um dia.
(Douglas Antônio)

-Quê que é isso meu amigo
Num fique tão aperriado
Vô dizê é a última vez
Me escute e será domado:
É um dado é um dia é um dedo
é um dedo é um dia é um dado.
(Maicon)

Nesta penada eu logo vejo
que tuas palavras não têm texto
E que por causa de minha marra
Esquecestes pra quem fala
É um dado, um dia, um dedo
É um dedo, um dia, um dado.
(Johnatan Faria)

Meu caro Cego Aderaldo
Você até que mente adoidado
Pra um cabra macho sem medo
Você tá tremendo como um bezerro.
É um dedo, é um dia, é um dado
É um dado, é um dia, é um dedo.
(Naína Cristina Silva Barros)

quarta-feira, 12 de março de 2008


Mais textos produzidos a partir da Aula Zero de 2008:

"Numa folha qualquer eu desenho uma, além de bela Nação, sociedade de abissal união, com impecável educação e sem nenhum tipo de divisão, todos são iguais, sem ilusão.
(...)
Desenho também uma criança, que, como sempre, simboliza a esperança. Essa, em se corromper, nem chega a pensar, usando artimanhas baixas como, no infinitivo, rimar, pois sabe que, assim, não passaria num vestibular. Mas quer saber? Vou passar uma borracha nesse tipo de concorrência! Ah, não... talvez não seja muita prudência."
(Alberto Ermanno dos Santos Sansone)
***
Rios de muitas vidas

Numa folha qualquer eu desenho um rio que me leva.
E me leva a flutuar.
Vou indo sempre bem devagar no meu barquinho a velejar
Com lindos peixes coloridos a me acompanhar
E muitas flores, árvores e aves a me rodear.
Muitas vezes as grandes cachoeiras fazem meu barco virar
Nado contra a força dessas águas que tentaram me afogar.
Penso que meu objetivo preciso alcançar e nado, luto.
Resisto e de volta ao meu barquinho continuo a navegar
Fico triste, com frio, não consigo respirar
"Navegar é preciso".
Minha vida não pode parar.
(Daniel de Moura)
***
"Numa folha qualquer eu desenho uma casa em que todos os móveis se encaixam perfeitamente e ganham vida junto a cores, odores e amores novos.
Nas paredes, retratos de pessoas satisfeitas, com os olhos brilhando de felicidade sem ao menos saber ao certo porquê. A temperatura é ideal, terna como colo de mãe. O chão é fofo, porém, resistente, pois sustenta os mais altos sonhos. As luzes, coloridas, ressaltam as qualidades de cada morador dela.
Os moradores...
Especiais, fantásticos... A cada passo descobrem um pedaço de uma bela estrada que por eles passa e segue no ritmo do sangue que pulsa nas veias de um apaixonado.
Apaixonados pelo prazer de construir seu futuro, os moradores criam a mais perfeita atmosfera. Desta casa os sonhos saem pelas ruas espalhando seu brilho e contagiando todos os que deles se protegiam.
E a atmosfera desse novo lar ganha aos poucos o bairro, a cidade, o país e finalmente o mundo, mundo este que timidamente se esconde em um cantinho aconchegante a que chamamos coração."
(Bruna L. Garcia)
***
"Numa folha qualquer eu desenho humildes cadeiras enfileiradas lado a lado.
Nesses pedaços de madeira molduradas em formato de acentos, estão acomodados seres pensantes, todos com suas mentes abertas e o coração pulsando.
Nas paredes cor de leite, do cômodo retangular, desenho um grande quadro verde, esse que no passado já foi negro como uma noite sem estrelas.
Em frente a este quadro está aquele homem com os dedos calejados da última colheita de palavras escritas. Esse homem com sorriso no rosto, olhar de sabedoria e com seus livros debaixo do braço diz para as mentes abertas e para os corações pulsantes: 'Bem-vindos ao primeiro dia de aula!'"
(Janaína Ferraz)