quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Aula 12. A sequência descritiva

(Unesp 1995) Sabemos que a Poesia Concreta adota, entre outros procedimentos, a valorização do poema no espaço branco da página. Com apoio das artes gráficas, os textos ganham em expressividade visual. Baseado neste comentário, releia o poema de Arnaldo Antunes, como foi originalmente editado na figura adiante, e responda:



(Antunes, Arnaldo - TUDOS. - 3 ed., São Paulo: Iluminuras, 1993)

a) Em que sentido esse texto poderia se enquadrar nos parâmetros da Poesia Concreta?
O poema apresenta a construção gráfica própria dos poemas concretos.
JOÃO RICARDO

b) Justifique sua resposta fazendo uma descrição de, pelo menos, um procedimento gráfico expressivo na construção do poema.
As repetições das palavras "pensa" e "nunca", que vão sendo ampliadas, dão toda a intensidade do poema.
JOÃO RICARDO

Unicamp 2008
Trabalhe sua narrativa a partir do seguinte recorte temático:
Hoje, mais do que nunca, podemos afirmar que “a cidade não dorme”. Além de freqüentarem bares, clubes, cinemas e bailes, há um crescente número de pessoas que circulam à noite pela cidade, física ou virtualmente, trabalhando, consumindo, estudando, divertindo-se.
Instruções:
• Imagine a história de um(a) personagem que encontre um grupo que vivencia a noite e, identificando-se com ele, passe a ver a cidade a partir de uma nova perspectiva;
• Narre o encontro, o processo de descoberta e a transformação que o(a) personagem experimentou;
• Sua história pode ser narrada em primeira ou em terceira pessoa.



Severino

Severino sempre foi um sujeito pacato, mas, nos últimos dias, ela andava muito agitado, com um sentimento que lhe apertava o peito: saudades de algo que não conhecia.
Entre um pensamento e outro, sua dor só fazia aumentar. Em meio a essa confusão emocional, nosso herói começou a pensar no tempo em que ele ajudava o seu velho pai. Mestre de obra de primeira, sabia de quase tudo sobre construção civil.
Severino, entretanto, não queria essa vida. (...) Foi nessa época que decidiu vir para São Paulo. Logo que chegou, já lhe arrumaram serviço de porteiro em um edifício comercial na Avenida Paulista. E é em uma dessas tardes tipicamente paulistanas que ele se encontra, mais melancólico que antes.
Coitado, não via a hora de sair, ver a rua, respirar o ar puro. Severino mal esperou o colega chegare já foi batendo cartão, sufocado. Quando o jovem deu por si, já havia andado um bom pedaço.
Seus sentidos começaram a funcionar novamente. Identificou um som familiar, o de zabuca, mais o retinir do triângulo e a sanfona que aquecia o coração.
Em muito pouco tempo, já estava agarrado com uma morena dançando forró. E no final da noite, quando voltava para casa, era já outro homem. Havia encontrado o que lhe faltava: a sua identidade cultural.

WALDIR

Um comentário:

Unknown disse...

Ele deveria cursar LETRAS...