quinta-feira, 29 de julho de 2010

Aula 14 - A interlocução na carta argumentativa


Tema: vide poste anterior.

Camila Fonseca Moreira


Cárdenas, 7 de abril de 2000

E.G., filho querido, meu menino, pois para mim você nunca deixará de ser um menino, meu anjo querido:
Preciso muito de você e sei que você precisa de mim, para nos consolarmos da perda de sua mãe, chaga que não cicatriza. Eu queria tanto te abraçar e te explicar que agora mamãe está ao lado do papai do céu, olhando e intercedendo por nós.
Mas a vida não é tão simples assim, além da distância, jogos políticos nos separam. Como pode ser? Uma situação tão simples, um filho na falta da mãe e que quer ficar com seu pai, que esteve sempre ao seu lado, sabendo de todas as suas manias e manhas.
Me sinto tão pequeno e impotente, minha vontade é me lançar ao mar, chegar até você a nados, te trazer à força para ver você crescer e fazer de você um homem, que coloque a honra em primeiro lugar.
Mas nesta ocasião estou de mãos atadas, não tendo de você mais do que qualquer um por aqui: imagens na televisão, como se eu fosse apenas seu fã, como se meu sangue em suas veias nada significasse.
Daqui de longe, posso apenas rezar por ti, para que seja feliz e que saibam ao menos dissimular metade do meu sentimento genuíno por você. Que lhe dêem ao menos metade do carinho que eu lhe daria.
Anjo precioso, sempre te amarei.

J.M.G.

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