segunda-feira, 17 de maio de 2010

Aula 10 - Análise de problemas estruturais na narrativa: a presença de inverossimilhanças e clichês


Unicamp 2005

Trabalhe sua narrativa a partir do seguinte recorte temático:
Ouvir rádio é uma prática comum na sociedade moderna. O rádio é um veículo que atinge o ouvinte em muitas situações: o radinho na cozinha que acompanha as refeições, o rádio no ônibus, no campo de futebol, no carro, na lanchonete, o rádio-relógio no quarto de dormir, o walkman na caminhada, o rádio na Internet. O rádio é o companheiro de toda hora.

Instruções:
• Imagine a história de um(a) ouvinte para quem o rádio é essencial;
• Narre as circunstâncias em que o rádio se tornou importante na vida desse(a) personagem;
• Construa sua narrativa em primeira ou em terceira pessoa.

Luana Christal Poscai Pires

Era uma felicidade tão grande para uma criança de apenas sete anos, (que) em seus olhos podia se ver (...) a sua vontade para saber o que o pai havia lhe comprado. (...) Os olhos de João brilhavam feito dois faróis de carro.
Seu pai, (...) meio aflito por ver seu filho naquele estado, todo inquieto e ansioso, resolveu deixar que João abrisse seu presente.
(...) Com uma vontade formidável rasgou todo o embrulho e se deparou com aquilo que tanto sonhara ter, um enorme rádio. Sua única reação foi (...) abraçar seu presente. Ao ver essa cena, os pais do pequeno João (...) deixaram rolar uma pequena lágrima de seus olhos. Emocionados, foram até seu filho e lhe disseram que seu presente fora comprado com todo amor e carinho, os mesmos sentimentos que tinham pelo pequeno menininho.
João agradeceu muito (...) e imediatamente o ligou e ficou ali, sentado em frente ao grande aparelho, ouvindo o que as pessoas estavam dizendo. (...) Começou a indagar como aquelas pessoas conseguiam ficar dentro do rádio. Seus pais explicaram que as pessoas (...) ficavam (...) em um estúdio (...) onde narravam as histórias do dia-a-dia, pois se tratava de um jornal local.
A mãe de João ficou por alguns minutos olhando para seu filho ali sentado e começou a pensar no porquê de seu filho escolher um rádio como presente e se, de fato, ele entendia o que as pessoas falavam nesse programa. Esse ponto de interrogação permaneceu por muito tempo em seu pensamento.
Os dias passaram, os meses correram e os anos voaram. João estava agora com dezessete anos e sua rotina continuava a mesma de quando tinha sete: acordava cedo, ligava o rádio para ouvir as notícias, tomando café, para ir à escola. No caminho (...) sempre ia ouvindo seu walkman para ainda acompanhar o que se passava pelo mundo. Ao chegar em casa, ligava novamente seu velho companheiro e assim permanecia por toda a tarde. O mais incrível de tudo é que João não gostava de ouvir músicas, mas sim os programas de notícias. E sabe aquele brilho que havia em seus olhos? Bem, ele ainda estava ali, do mesmo modo de quando era criança.
A mãe olhava de longe o filho na pequena sala de estar, com pouca iluminação, sentado ao lado do velho rádio para ouvi-lo melhor. Ela tentava tirá-lo de casa, fazer com que saísse com os amigos, mas ele se negava. (...)
E, a cada dia que passava, João deixava mais evidente seu fascínio pelo rádio. Não sabia o porquê de ficar (tanto tempo) ao lado do seu melhor amigo. Achava que era por ficar sempre atualizado (...). Não sabia o porquê desse sentimento - só o sentia.
E assim os anos passaram. João agora tinha uma nova rotina: acordava de manhã, dava um beijo em sua mulher e filhos e saía para o trabalho. Depois de meia hora, chegava ao estúdio onde trabalhava como locutor. Agora o rádio, que sempre fora o grande companheiro daquela pequena criança ansiosa e daquele menino que transbordava fascinação pelos olhos (...) era o meio de sobrevivência daquele homem carinhoso com a família.

Um comentário:

Unknown disse...

haha minha rpima ée fodaa !
SHUAHSUASHUASHAUSHAUSHAUSHAUSH"
Parabeeens Luanaa ! ;D