quarta-feira, 5 de maio de 2010

Aula 8 - Foco narrativo & Personagens



Temas de Redação

Tema I

(Unicamp 2004)
Trabalhe sua narrativa a partir do seguinte recorte temático:
Hoje, mais do que nunca, podemos afirmar que “a cidade não dorme”. Além de freqüentarem bares, clubes, cinemas e bailes, há um crescente número de pessoas que circulam à noite pela cidade, física ou virtualmente, trabalhando, consumindo, estudando, divertindo-se.
Instruções:
• Imagine a história de um(a) personagem que encontre um grupo que vivencia a noite e, identificando-se com ele, passe a ver a cidade a partir de uma nova perspectiva;
• Narre o encontro, o processo de descoberta e a transformação que o(a) personagem experimentou;
• Sua história pode ser narrada em primeira ou em terceira pessoa.

Camila Rosa Silveira

A magia da noite

Me levanto todos os dias, sentindo como se tivesse tido uma noite mergulhado em um oceano de sonhos e criatividades. Quem me dera ter descoberto a magia das noites de São Paulo antes. Mas foi ela, graças a ela, que hoje sou o que sou. A conheci há apenas quatro meses, porém a intensidade com a qual ela entrou em minha vida faz parecer (...) muito mais tempo (...).
Era um dia como qualquer outro: me levantei, tomei café, entrei no carro, parei no trânsito, cheguei ao escritório. Estava tendo um dia normal. Assim que entrei, a secretária já veio com um monte de papelada. No primeiro tempo livre que tive, fui almoçar. Almocei o que comia todos os dias, a comida já não tinha mais "aquele" gosto. Voltei ao escritório, trabalhei mais um pouco. Deu a hora de ir embora. Saía e antes mesmo de entrar no carro eu a vi. Não sei dizer muito bem o que vi, só sei que era algo, ou melhor, alguém diferente. Na rua, tocando saxofone, um tipo de blues ou sei lá o quê. Queria entrar no carro e ir para casa, toda aquela cidade movimentada me estressava. Contudo, algo me fazia querer atravessar a rua. Minhas pernas, como se tivessem vida própria, foram para o outro lado. Lá fiquei. O som acabou, nem sei quanto tempo demorou, as pessoas se foram, porém eu permaneci.
O nome dela era Katarina, estudava música e passava as noites espalhando sua arte pelas ruas de São Paulo. Ela queria me levar para algum lugar, hesitei, não quis ir. Mas o brilho em seus olhos era convidativo. Fui. Era por volta das dez horas da noite quando chegamos a um bar. Era um local diferentemente interessante. Ela me falou um pouco mais de sua vida. Katarina me parecia uma pessoa tão criativa, tão viva... Tão intensa! Não sei como, mas ela aliviou todo o estresse que eu carregava. Depois de lá, fomos dar uma volta. A cidade à noite tinha uma magia que eu nunca tinha notado. Ao lado dela percebi que toda a agitação e correria da cidade de dia, à noite se transformava em arte.
Hoje, mal me reconheço, trabalho bem menos. Tenho passado minhas noites ao lado dela e de seus amigos, todos parecidos com ela: criativos, cheios de vida e que fazem arte. Agora faço aulas de violão, futuramente, quem sabe, eu seja tão bom quanto ela.

Um comentário:

Unknown disse...

É esta atividade que o meu professor me passou. To com medo de fazer uma cópia. Ele vai descobrir. sera que da pra eu mudar um pouco a forma de contar a história, mudar algumas palavras e me dar nem nessa?